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quinta-feira, 8 de abril de 2010

É nóis, MANO!


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Mano Menezes foi o cara que fechou nosso caixão rumo a série ‘B’. Ironicamente foi contratado em seguida com objetivo de resgatar a confiança dos torcedores e reerguer o orgulho corintiano esfacelado pela segunda divisão. Essa união provou-se vitoriosa e um tanto quanto estranha. Mano é um cara agregador, e mantém o controle das situações de forma surpreendente.
Ser técnico do Corinthians não é tarefa para qualquer pobre mortal, requer muita paciência, jogo de cintura e personalidade, tais características que nosso comandante demonstra ter de sobra. Entretanto ele é uma figura totalmente incompreendida, diversas vezes evita o óbvio, e opta pelo absurdo. Modifica a equipe, adota padrões duvidosos e por situações revolta boa parte da torcida por conta de suas escolhas aparentemente descabidas.
Independente de qualquer polêmica, Mano sempre foi homem suficiente para chamar a responsabilidade para si, e blindar o grupo o máximo possível da imprensa ávida por plantar crises no Parque São Jorge. Confesso que me irritei em vários momentos, mas de duas uma: o cara tem muita sorte ou tem o time nas mãos. No primeiro jogo da Taça Libertadores por exemplo, durante a segunda etapa optou por Souza ao lado de Ronaldo, mesmo tendo disponíveis Iarley e Dentinho. No mínimo diferente, certo? Pois é, o Souza deu o passe para o gol de Elias que garantiu a vitória naquela ocasião. Por falar neste tão sonhado título, Mano adota uma postura de “meio a zero” como dizia Luiz Felipe Scolari, outro professor da escola gaúcha. Após tomar vantagem no placar, nosso chefe joga com o regulamento debaixo do braço e procura trabalhar com inteligência e muita calma, não podemos questioná-lo, pois os resultados até então são positivos, mas meu coração sofre, como sofre!
A partida contra o São Paulo tinha cara de goleada, especialmente depois que o Roberto Carlos acertou aquele belo chute, mas Mano mexeu mal e nosso goleiro ainda inexperiente quase “entregou a paçoca”, contudo, em nossa ultima alteração, a luz de Iarley e principalmente de Mano Menezes prevaleceram diante daquele São Paulo sem vibração, saímos com a vitória no último minuto e com o tabu postergado até o próximo “majestoso”.
Acredito que todos nós somos gratos a ele, certo ou errado, previsível ou não, bem ou mal, Mano Menezes honra nosso manto e tradição, e administra um time movido por uma paixão, a qual transcende todos os limites possíveis, porém seus 2 anos e alguns meses de clube ainda são insuficientes para mensurar TANTO amor.


Por Lenci del Marco,
assimcomovoce.com.br

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